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Olho o mundo e vejo quase nada
olho fundo e vejo quase tudo
olho tudo e não consigo entender
a velha história.
O sistema Shibboleth possibilita a autenticação do usuário, repassando ao sistema de destino os atributos necessários, sem que dados sensíveis (login/senha, chave privada, etc.) transitem por este útimo. A forma como pronunciamos determinada palavra indica nossa procedência, Jefté (alguns anos antes de Cristo) usou a palavra shibboleth como senha, para identificar os "infiltrados". Vejam o porquê: "os efraimitas e os gileaditas falavam o mesmo idioma, porém havia entre os efraimitas o que hoje chamamos de dislalia (transtorno na articulação das palavras). As palavras que tinham som de “chi.” eram pronunciadas por eles, com o som de “si,” e, ao invés de falarem chi-bo-lé, eles pronunciavam, si-bo-lé, o que denunciava sua origem e os condenava." A história registra a morte de milhares de efraimitas.
“O que é o eu? Um homem que se põe à janela para ver os passantes, se eu estiver passando, posso dizer que ele está ali para ver-me? Não: pois ele não pensa em mim em particular. Mas aquele que ama uma pessoa por causa de sua beleza a ama? Não: pois a varíola, que matará a beleza sem matar a pessoa, fará com que ele não a ame mais. E se me amam por meu juízo, por minha memória, amam a mim? Não, pois posso perder essas qualidades sem me perder. Onde está, pois, esse eu, se não se encontra nem em meu corpo nem em minha alma? E como amar o corpo ou a alma, senão por essas qualidades, que não são absolutamente o que faz o eu, já que elas são perecíveis? Pois amariam a substância da alma de uma pessoa abstratamente, e algumas qualidades que nela existissem? Não é possível e seria injusto. Portanto, nunca se ama a pessoa, mas somente as qualidades. Que não se zombe mais, portanto, dos que se fazem homenagear por seus cargos e funções, pois só se ama alguém por qualidades de empréstimo.” (Pascal, in Aprender a viver. p. 290-291).