29 de set. de 2009

Representatividade

Nem tudo é o que parece ser. As coisas são o que são.
***
Olho o mundo e vejo quase nada
olho fundo e vejo quase tudo
olho tudo e não consigo entender
a velha história.

28 de set. de 2009

Concepções do trabalho

Aristóteles, vê no ócio a virtude
João Calvino, vê o trabalho como garantia da eterna salvação.
Karl Marx denuncia-o como exploração, alienação!
Santo Agostinho- vê preceito religioso no trabalho, e que este, evita vícios profundos.
Já para Hegel o trabalho é a mediação entre o homem e o mundo.

Para terminar estas breves linhas de minha imatura reflexão:
Hannah Arendt, com labor, trabalho e ação.

Labor - processo biológico
Trabalho - processo de criação através da arte
Ação - domínio da atividade, em que o instrumento é o discurso, a voz e a palavra.

25 de set. de 2009

Se tudo deve continuar como está
então é necessário mudar,
pois mudando tudo que flui
nada permanecerá
pois tudo se diluirá

No fluxo constante do ser
cabe acontecer

24 de set. de 2009

SHIBBOLETH

O sistema Shibboleth possibilita a autenticação do usuário, repassando ao sistema de destino os atributos necessários, sem que dados sensí­veis (login/senha, chave privada, etc.) transitem por este útimo. A forma como pronunciamos determinada palavra indica nossa procedência, Jefté (alguns anos antes de Cristo) usou a palavra shibboleth como senha, para identificar os "infiltrados". Vejam o porquê: "os efraimitas e os gileaditas falavam o mesmo idioma, porém havia entre os efraimitas o que hoje chamamos de dislalia (transtorno na articulação das palavras). As palavras que tinham som de “chi.” eram pronunciadas por eles, com o som de “si,” e, ao invés de falarem chi-bo-lé, eles pronunciavam, si-bo-lé, o que denunciava sua origem e os condenava." A história registra a morte de milhares de efraimitas.

19 de set. de 2009

Au t o no mi a

Segundo contava Platão em seus diálogos (Livro II, de “A República”)

“Giges, o Lídio, era pastor a serviço do rei que naquela época governava a Lídia. Certo dia, durante uma violenta tempestade acompanhada de um terremoto, o solo fendeu-se e formou-se um precipício perto do lugar onde o seu rebanho pastava. Tomado de assombro, desceu ao fundo do abismo e, entre outras maravilhas que a lenda enumera, viu um cavalo de bronze oco, cheio de pequenas aberturas; debruçando-se para o interior, viu um cadáver que parecia maior do que o de um homem e que tinha na mão um anel de ouro, de que se apoderou; depois partiu sem levar mais nada. Com esse anel no dedo, foi assistir à assembléia habitual dos pastores, que se realizava todos os meses, para informar ao rei o estado dos seus rebanhos. Tendo ocupado o seu lugar no meio dos outros, virou sem querer o engaste do anel, para o interior da mão; imediatamente se tomou invisível aos seus vizinhos, que falaram dele como se não se encontrasse ali. Assustado, apalpou novamente o anel, virou o engaste para fora e tomou-se visível.Tendo-se apercebido disso, repetiu a experiência, para ver se o anel tinha realmente esse poder; reproduziu-se o mesmo prodígio: virando o engaste para dentro, tomava-se invisível; para fora, visível. Assim que teve a certeza, conseguiu juntar-se aos mensageiros que iriam ter com o rei. Chegando ao palácio, seduziu a rainha, conspirou com ela a morte do rei, matou-o e obteve assim o poder.”

É possível agir eticamente,
sem vigilância, punição ou controle?
Como você agiria?
Se encontrasse o anel de Giges,
O quê você faria ???

15 de set. de 2009

Livros para devorar

A cozinha a nu: uma visão renovadora do mundo da gastronomia. Santi Santamaria. Ed. Senac.

Assando bolos em Kigali. Ed. Globo
Da Tanzânia para Ruanda, Angel para incrementar a renda familiar vende bolos intercalando descrição com observações amargas sobre Aids e disparidade econômica na África.

11 de set. de 2009

Quase c a o s

Nada se ajusta sempre
Tudo se ajusta mais
Caos na ordem
Ordem no caos

O que é a verdade?
Qual o referencial?
'Amar o próximo como a mim mesmo'
tudo mais é banal

Tudo se volatizou
como poeira no ar
Importa somente
AGORA!
aprender a viver
re-aprender a amar.

9 de set. de 2009

Duelo de titãs

"Neste canto, o livro.
No outro, a internet.
Se um dia a internet acabar,
você lerá isso num livro."
Ruy Castro.

O livro não se acabará assim como não se apagará a chama que pulsa em nós em cada folha de livro lido.

8 de set. de 2009

Momentos

Não sou viciada no orkut
raramente acesso o face book
mas sou tentada a continuar
escrevendo nestas páginas virtuais

Quero deixar algo para a posteridade?
registrar minha longevidade................
Sei não, sei que, sei lá

Quando terminarão as postagens no meu blog
talvez com o fim do teu mundo
ou com meu último 'post'!

7 de set. de 2009

Do amor e outros demônios

'Quanto mais transparente é uma escrita, mais se vê a poesia'. p.49
'Não há remédio que cure o que a felicidade não cura'. p.51
'Nenhum louco é louco para quem aceita as razões
dele'. p.55


Há mundo do outro lado do mar e
do outro lado do mundo, mar.J&N

'As ideias não são de ninguém (...) Andam voando por aí como os anjos'. p.82
'Ás vezes atribuimos ao demônio certas coisas que não entendemos, sem cuidar que podem ser coisas que não entendemos de Deus'.
'Nada é mais útil que uma dúvida em tempo'. p.123
'Sempre entendi tudo, menos a morte'. p.162

Gabriel Garcia Marquez, em Do amor e outros demônios.

5 de set. de 2009

Acasos


"Meu corpo de manhã tem uma disposição diferente da do meu corpo à noite. Posso acordar o mais virtuoso dos homens e me deitar o mais vicioso”
Livro A invenção da liberdade, Jean Starobinski/Os acasos felizes do balanço, Jean-Honoré Fragonard

3 de set. de 2009

Tempos líquidos

"Sem as utopias de outras épocas, os homens ainda viveriam em cavernas, miseráveis e nus. Foram os utopistas que traçaram as linhas da primeira cidade... Sonhos generosos geram realidades benéficas... A utopia é o princípio de todo progresso e o ensaio de um futuro melhor."

" O que dificilmente seria tema de discussão, contudo, é que 'muitos' adotarão a estratégia que é 'fácil para muitos', e portanto se tornarão 'parte dele', não mais confundidos por sua lógica bizarra nem irritados por suas exigências ubíquas, impertinentes e, em muitos casos, extravagantes. Também fora de dúvida é a expectativa de que os homens e mulheres que lutam para descobrir 'quem e o que não são inferno' precisarão encarar toda sorte de pressões para aceitar o que insistem em chamar de 'inferno' ".

Bauman, Zygmunt

2 de set. de 2009

Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje

"A maioria só reconhece a minoria se esta reconhecer os direitos da maioria. Se isso não ocorre, a situação não se define senão por uma relação de forças." p. 178
"Novos movimentos sociais - defendem a liberdade e a responsabilidade de cada indivíduo, sozinho ou em coletividade, contra a lógica impessoal do lucro e da concorrência. E também contra uma ordem estabelecida que decide o que é normal ou anormal, permitido ou proibido." p. 180
Touraine, Alain

1 de set. de 2009

Reflexões sobre Aprender a Viver

ideal do pensamento alargado:
"afastando-me de mim mesmo para compreender o outro, alargando o campo de minhas experiências, eu me singularizo, já que ultrapasso ao mesmo tempo o particular de minha condição de origem para aceder, se não à universalidade, pelo menos ao reconhecimento cada vez maior e mais rico das possibilidades que são da humanidade inteira."

§323

“O que é o eu? Um homem que se põe à janela para ver os passantes, se eu estiver passando, posso dizer que ele está ali para ver-me? Não: pois ele não pensa em mim em particular. Mas aquele que ama uma pessoa por causa de sua beleza a ama? Não: pois a varíola, que matará a beleza sem matar a pessoa, fará com que ele não a ame mais. E se me amam por meu juízo, por minha memória, amam a mim? Não, pois posso perder essas qualidades sem me perder. Onde está, pois, esse eu, se não se encontra nem em meu corpo nem em minha alma? E como amar o corpo ou a alma, senão por essas qualidades, que não são absolutamente o que faz o eu, já que elas são perecíveis? Pois amariam a substância da alma de uma pessoa abstratamente, e algumas qualidades que nela existissem? Não é possível e seria injusto. Portanto, nunca se ama a pessoa, mas somente as qualidades. Que não se zombe mais, portanto, dos que se fazem homenagear por seus cargos e funções, pois só se ama alguém por qualidades de empréstimo.” (Pascal, in Aprender a viver. p. 290-291).




"Ora, é preciso que você compreenda bem que só a singularidade, que ultrapassa ao mesmo tempo o particular e o universal, pode ser objeto de amor." p.292

"porque era ele, porque era eu" Montaigne
de Luc Ferry