15 de out. de 2009

Nós

"Quando, velhos e tristes, na memória
Rebuscamos a triste e velha história
dos nossos pobres corações defuntos,

que estes versos, nas horas de saudade,
prolonguem numa doce eternidade
os poucos mêses que vivemos juntos

Eu não sei quem tu és. Sonhei-te linda
amei-te em sonho e vivo neste sonho.
Para encontrar-te numa das infindas
pus-me a caminho, pálido e tristonho

Tu não sabes quem sou. Sonhas-me ainda
a alma triste dos versos que componho.
E, suspirando pela minha vinda,
pulsa, em teu peito o coração risonho".

Autoria: Guilherme de Almeida.

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