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Posted: 04 Apr 2013 11:40 AM PDT
Cabine telefónica à
inglesa dá lugar a micro-biblioteca em Barcelinhos. Projecto resulta de
parceria entre a Junta de Barcelinhos, a Câmara de Barcelos e a Fundação PT.
Fundação Calouste Gulbenkian também deu uma ajuda.
Instalada na margem
esquerda do rio Cávado, uma antiga cabine telefónica foi convertida na mais
pequena biblioteca pública do país. Inaugurada a 27 de Março, a
"micro-biblioteca" tem sido elogiada por utentes e vizinhos.
A criação deste
equipamento cultural decorre do programa Livros
do Cávado, uma parceria pioneira entre a Junta de
Freguesia de Barcelinhos, a Câmara de Barcelos e a Fundação PT. Segundo
o presidente da junta, José Peixoto, a ideia é “dinamizar a zona ribeirinha”
da freguesia, “complementar a biblioteca da junta” e “incentivar a
leitura”. “Deve ser uma montra da nossa biblioteca interior”, acrescentou.
A ideia de converter a
cabine, de estilo inglês, para este efeito partiu da junta de freguesia, mas
foi a Fundação PT que se encarregou de restaurar “por completo” a réplica
londrina,e de a transportar de Lisboa para Barcelinhos. “Sem essa ajuda seria
impossível”, disse José Peixoto. A Fundação Calouste Gulbenkian também
contribuiu, atribuindo um subsídio de 300 euros para a aquisição de
publicações. Os munícipes e fregueses também podem ajudar, doando livros
à micro-biblioteca. “Já está criada uma base de dados para registar todos os
livros recolhidos”, acrescentou o autarca.
O número
necessariamente limitado, por uma questão de espaço, de revistas, livros e
jornais do dia em exposição nas prateleiras da pequena cabine não significa
que os utentes rapidamente descubram que aqui já não têm nada de novo para
ler. As obras disponíveis serão periodicamente renovadas com recurso aos
cerca de dois mil livros do catálogo da biblioteca da junta, em
rotatividade. Ainda assim, cabe de tudo um pouco na cabine, “desde a
poesia a publicações científicas”, e os idiomas também serão diversos,
uma vez que Barcelinhos é um ponto de passagem dos Caminhos de Santiago.
José Peixoto garante
que o reacção da população tem sido “excelente” e, apesar de não haver ainda
números actualizados, todos têm desfrutado da micro-biblioteca. “Os
caminheiros de Santiago, quando chegam de Macieira de Rates, sentam-se nas
mesas de pedra a apreciar a paisagem”, tornando o momento propício à leitura,
conta o presidente da junta. Com vista para o rio, para a ponte medieval, e
para o castelo romano, este é um local de referência a nível paisagístico e,
por isso, toda a zona envolvente foi recuperada.
O autarca adiantou
ainda que os habitantes da freguesia “vão poder levar os livros para casa”
até durante uma semana. “Tudo de forma gratuita”, salientou. A tomar conta da
cabine, que estará aberta das 9h ao meio-dia e das 14h às 17h30, vão estar
funcionários da junta. Mas à distância, que nesta biblioteca não há espaço
que chegue para "bibliotecários": brevemente, a cabine vai dispor
de uma campainha que soará na vizinha biblioteca da junta.
Fonte: Público.pt |
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