27 de ago. de 2019

Argolas

Argos espreita incansável
A solidão da noite escura
Não há consolo, há prantos vãos
Há gritos de protestos que ensurdecem
Quebrem as argolas!
Quebrem os ferrolhos!
Quebrem os contratos desumanos!


Está extinta a escravidão.


Argos continua à espreita
O dia é longo e a noite não vem


A solidão virou liberdade
Liberdade por metades
Liberdade sem bondade
Liberdade tão pesada
Bordada de grilhões

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