A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodavam. Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas. Todos que olhavam para essa pintura viam refletida uma paz muito grande.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo, parecia descer uma turbulenta torrente de água. Tudo isso se revelava nada pacífico.
Quando se observava mais atentamente, atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Nesse arbusto encontrava-se um ninho. E ali, em meio ao ruído e à violência da cena, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Essa foi a pintura escolhida pelo rei que explicou: “- Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos em nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz. A paz perfeita.”
(autor desconhecido)
Que irei fazer se a manhã eu faltar?
irei sorrir, irei brincar ...
Que irei fazer se amanhã me faltar?
irei chorar, irei calmar ...
Que irei fazer se me faltar
o ar?
estarei em paz?
Nita, Inspiração Manoel de Barros
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