20 de set. de 2011

Traição em Porongos e farsa em Ponche Verde


“Os lanceiros eram uma bomba em potencial. Imagine cerca de 800 homens com experiência de guerra, espalhados nos quilombos da Serra. Para efeito de comparação, pegue o que aconteceu no Araguaia, durante a ditadura, quando o governo demorou 4 anos para sufocar uma guerrilha de apenas 60 pessoas”, explica Monteiro, acerca das razões que levaram Canabarro a pactuar com as forças do Império.
Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=137059


"Para ilustrar a relação entre o mito e os outros grandes poderes culturais podemos talvez ir à própria mitologia buscar uma imagem. Na mitologia babilônica há uma lenda que descreve a criação do mundo. Diz-nos que Marduk, o deus supremo, teve de travar um duro combate antes de poder iniciar o seu trabalho. Teve de vencer e subjugar a serpente Tiamat e os outros dragões das trevas. Matou Tiamat e prendeu os dragões. Dos membros do monstro Tiamat formou o mundo e deu-lhe sua forma e a sua ordem. Fez o céu e a Terra, as constelações e os planetas e fixou os seus movimentos. O seu trabalho final foi a criação do homem. Assim nasceu a ordem cósmica do caos primitivo, e pelos séculos sem fim se conservará. "A palavra de Marduk", diz o épico babilônico da criação, "é eterna; as suas ordens são imutáveis e nenhum deus pode alterá-las".
O mundo da cultura humana pode ser descrito pelas palavras dessa lenda babilônica. Não podia surgir enquanto a escuridão mítica não era combatida e vencida. Mas os monstros míticos não foram inteiramente destruídos. Foram utilizados para a criação de um novo universo e ainda vivem neste universo. Os poderes do mito foram desafiados e vencidos por forças superiores. Enquanto essas forças intelectuais, éticas e artísticas estão em pleno vigor, o mito está dominado e subjugado. Mas, apenas elas começam a afrouxar, o caos volta outra vez. O pensamento mítico ergue-se de novo e infecta toda a vida cultural e social do homem." CASSIRER, Ernst. O mito do estado. São Paulo: Codex, 2003. 343 p.

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