22 de jul. de 2012

Meta a fora, obsessiva.

Ontem, estive no mesmo lugar de hoje.
Obscurecida ante uma autoridade acima da razão
Sonhando com monstros, talvez.
Nisso, J.L.Borges aparece, e me desperto
em apertos cavalgares no coração.
Trocamos poucas palavras.
Me inspiro em L. Borges, sai o Betto, entra o Lira Neto,
mas por mais que eu tente, o disco fica arranhado.

"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p. 352)
"Se uns denunciavam Getúlio como fascista, outros começaram a ver nele uma ameaça vermelha, capaz de se aliar aos comunitas para tomar o poder." (Lira Neto, p.352)


Leio, releio, transleio, interleio, multileio, intraleio e volto a ler,
mas não consigo avançar, pois já não consigo pensar.
Palavras não bastam.

No entanto o consciente, tenta ajudar a mente.
Tenho artimanhas: meus neuropeptídeos
me acodem a tempo, diante do tempo

- Ler em voz alta!, eis a solução.
Essa atitude, será meu site receptor
para desarranhar o parágrafo entravado.

Respiração ofegante, mãos na cabeça!
Olhar tenso, denso, atenção redobrada às palavras
Leio muitas palavras, palavras que a si mesmo se bastam
Pouco a pouco, passo a ouvir-me balbuciar lentamente

"Enquanto muitos em volta já falavam abertamente em revolução, fosse de direita ou de esquerda, Getúlio continuava a exibir toda a fleuma possível. Naquele mês de setembro de 1929, repetiu o rito semanal de ir a pé do palácio do governo até a Livraria do Globo, para encontrar os amigos de sempre, fumar os charutos preferidos e prosear durante horas sobre livros e literatura." (Lira Neto, p.352-353).

Não sei como sair deste círculo!
Desisto.
Quem sabe pode haver um amanhã.

Vitor Ramil encontra João Simões, no Café Aquário. Não estou em Satolep, mas porque não poderia encontrar um Borges em um refúgio literário de uma Cafeteria qualquer ?


"O virgem, o vivaz e o belo neste dia
Vai-nos ferir num golpe de asa em desvario
Rijo lago esquecido sob o orvalho frio
O gelo transparente em vôos sem mais via!

Um cisne de outros tempos lembra que seria
Ele, magnífico sem fé que se evadiu
Por não haver cantado a terra onde existiu
Quando o tédio do inverno estéril reluzia.

Todo o seu colo agita o branco frenesi
Por esse espaço imposto ao pássaro que a si
O nega, horror ao solo; as plumas sem saída.

O fantasama , que ali seu puro albor designa,
Imóvel, gélida quimera escarnecida,
Que veste o Cisne o inútil exílio do Signo."

Mallarmé, Stéphane. Poemas.

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