Espero que não, pensei.
Esperamos e esperamos. Todos nós. Não saberia o analista que a espera é uma das coisas que faziam as pessoas ficar loucas? Esperavam para viver, esperavam para morrer. Esperavam para comprar papel higiênico. Esperavam na fila para pegar dinheiro. E se não tinham dinheiro, precisavam esperar em filas mais longas. A gente tinha de esperar para dormir, e esperar para acordar. Tinha de esperar para se casar, e para se divorciar. Esperar pela chuva e esperar pelo sol. Esperar para comer e eperar para comer de novo. A gente tinha de esperar na sala de espera do analista com um monte de doidos, e começava a pensar se não estava ficando doido também. Bukowski, Charles. Pulp. pág. 90
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:há tempo de nascer e tempo de morrer;tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;tempo de matar e tempo de curar;tempo de derribar e tempo de edificar;tempo de chorar e tempo de rir;tempo de prantear e tempo de saltar de alegria;tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras;tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;tempo de buscar e tempo de perder;tempo de guardar e tempo de deitar fora;tempo de rasgar e tempo de coser;tempo de estar calado e tempo de falar;tempo de amar e tempo de aborrecer;tempo de guerra e tempo de paz. Eclesiastes 3.1-8
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