30 de jun. de 2009

Sonho roubado

Através das nuvens o Sol passou
No buraco das janelas penetrou
Aqueceu o olhar
Ardeu a retina

Seu sonho foi roubado,
Também sua rotina.

Olhou para o buraco
viu o céu,
enquanto ainda podia olhar,
o mel se foi,
começou a sangrar.

29 de jun. de 2009

Sem inspiração para um título

Tantos sonhos sonhados

Tanta espera perdida


Tanta espreita pranteadatão pouca torcida.

As coisas não mudam, nós é que mudamos. O início de um hábito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos o ato reforça o fio, acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo e nos prende de forma irremediável, no pensamento e ação. (Orison Swett Marden)

27 de jun. de 2009

Vida Sombras Sonhos

A idade passa, a vida passa, a sombra passa, os sonhos não
O amor passa, o ódio passa, a canção passa, a inspiração não
A imagem passa, os amigos passam, o inferno astral passa, o ser não

As partículas passam, os átomos passam
num compasso de distração
fica só o presente, única condição...

Olhando tanto passar.... passou.

Mario Quintana


"Não tenho vergonha de dizer que estou triste,
Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas:
Estou triste por que vocês são burros e feios
E não morrem nunca..."

Mario Quintana

25 de jun. de 2009

Filosofia de Librarim, ou Bibliotequim

"Filosofia de Librarim, ou Bibliotequim.
Sempre que tenho um "Sexto sentido" é um "Sexto sentido".

Teve uma quart@, depois um quinta, que acontecerá em uma sexta?!
Uma histórinha para eu não esquecer este dia!

A capacidade dos hominídeos de mentir é percebida cedo e quase universalmente no desenvolvimento humano e estudos de linguagem com pongídeos. Uma famosa mentira do último grupo foi quando Koko, a gorila, confrontada por seus treinadores depois de uma explosão de raiva no qual ela arrancou uma pia de aço do lugar onde ela estava presa, sinalizou na Língua de Sinais Americana, "o gato fez isso," apontando para seu pequeno gato. Não está claro se isso foi uma piada ou uma tentativa genuína de culpar seu pequeno bicho de estimação. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mentira

24 de jun. de 2009

Meu blog ... Metablog

Blogs fazem pessoas escreverem pior, diz José Saramago.

'Está se escrevendo mais, embora pior', diz escritor em entrevista a jornal. Português vai publicar livro com artigos escritos em seu blog.

Bem quanto a "Eu",

Não sei se meu blog está bem escrito ou mal escrito, uso meu blog como armazenador de coisas que considero interessantes, crio links que levam a sites, que levam a outros links que trazem conteúdos de pessoas comuns, que vivem no meio de pessoas comuns e esperam ser ouvidas ou lidas por pessoas também comuns. Adiciono vídeos, imagens, postagens. Crio Gadget, Marcador, Twitter ... e Live Traffic Feed também. "Moro em minha própria casa, jamais imitei algo de alguém."

Se quiser me leia, se não quiser Feed-se.

***

21 de jun. de 2009

Solstício

Data e hora UTC dos solstícios e equinócios entre 2002 e 2014[1]
Ano Equinócio
Março
Solstício
Junho
Equinócio
Setembro
Solstício
Dezembro
Dia Hora Dia Hora Dia Hora Dia Hora
2002 20 19:16 21 13:24 23 04:55 22 01:14
2003 21 01:00 21 19:10 23 10:47 22 07:04
2004 20 06:49 21 00:57 22 16:30 21 12:42
2005 20 12:33 21 06:46 22 22:23 21 18:35
2006 20 18:26 21 12:26 23 04:03 22 00:22
2007 21 00:07 21 18:06 23 09:51 22 06:08
2008 20 05:48 20 23:59 22 15:44 21 12:04
2009 20 11:44 21 05:45 22 21:18 21 17:47
2010 20 17:32 21 11:28 23 03:09 21 23:38
2011 20 23:21 21 17:16 23 09:04 22 05:30
2012 20 05:14 20 23:09 22 14:49 21 11:11
2013 20 11:02 21 05:04 22 20:44 21 17:11
2014 20 16:57 21 10:51 23 02:29 21 23:03
2015 20 22:45 21 16:38 23 08:20 22 04:48
2016 20 04:30 20 22:34 22 14:21 21 10:44
2017 20 10:28 21 04:24 22 20:02 21 16:28








19 de jun. de 2009

Área de risco

Senti o gosto da àgua na boca
senti a cor da àgua no olhar
o rio tinha chegado em mim,
me encheu, me inchou, me atravessou
Eu flutuei

17 de jun. de 2009

Óh como eu queria !

"Silêncio, Nostalgia... Silêncio, nostalgia... Hora morta, desfolhada, sem dor, sem alegria, pelo tempo abandonada. Luz de Outono, fria, fria... Hora inútil e sombria de abandono. Não sei se é tédio, sono, silêncio ou nostalgia. Interminável dia de indizíveis cansaços, de funda melancolia. Sem rumo para os meus passos, para que servem meus braços, nesta hora fria, fria?"
Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"
1 comentário

Exatamente nesta noite,
nesta noite fria, fria ...
pensei prá que servem meus abraços
se não tenho quem eu mais queria!

Então encontro esta postagem,
falando de nostalgia
e do silêncio que me persegue
e da saudade de noite e de dia

É TPM! grito eu, do fundo da minha agonia
para justificar o que sinto por não tê-lo
por não vê-lo, justamente quem eu mais queria

***

Óh! como queria
ser o ar que tu respiras

Ah! como queria
ser o vento que aspiras

Hum, como queria
ser o germe que te mina

prá ninar e misturar-me
com o suor da tua lida
misturar-me em teus sentimentos
em teu pensamento
e num momento ir bem fundo,
lá no fundo das nossas vidas,
antes de receber na cara
a primeira pá de terra fria.

Óhóhóh como eu queria!
__________________________
É 'Mina'!
+ vais ficar só no,
Hóóóó como eu queria!

11 de jun. de 2009

Um Artista da Fome de Franz Kafka

O artista da fome não fala só de fome
o artista da fome não quer só alimento
O artista da fome fala de todo o tipo de consumismo
vorazzzzzz, FARAÔNICO e infinitooooooooo!!!!!!!!!!

Fala da fome do dinheiro
Fala da fome do poder
Fala da fome do status
Fala da fome do "quero também ter"

(Como porco que come tudo,
vomita e torna a comer
assim o artista da fome,
quer nos fazer entender)

Que basta reconhecer sua arte,
com todas as limitações,
seu total desprendimento
seu sim, seu não
sua ABnegação.

Ele jejuava!
por não encontrar comida que lhe agradasse,
ele jejuava, para encontrar algo que lhe saciasse.

"E quando certa vez, nesse tempo, um ocioso se deteve diante da jaula, escarneceu da velha cifra na tabela e falou de embuste, essa foi, à sua maneira, a mais estúpida mentira que a indiferença e a maldade inata puderam inventar, já que não era o artista da fome quem cometia a fraude - ele trabalhava honestamente - mas sim o mundo que o fraudava dos seus méritos." Franz Kafka

Enquanto isso, na jaula...
"...puseram uma jovem pantera. Era um alívio sensível até para o sentido mais embotado ver aquela fera danto voltas na jaula tanto tempo vazia. Nada lhe faltava. O alimento de que gostava, os vigilantes traziam sem pensar muito; nem da liberdade ela parecia sentir falta: aquele corpo nobre, provido até estourar de tudo o que era necessário, dava a impressão de carregar consigo a própria liberdade; ela parecia estar escondida em algum lugar das suas mandíbulas. E a alegria de viver brotava da sua garganta com tamanha intensidade que para os espectadores não era fácil suportá-la. Mas eles se dominavam, apinhavam-se em torno da jaula e não queriam de modo algum sair dali." Kafka, Franz. Um artista da fome. Os grifos são meus, a ironia de K.

Comunicação a uma academia Franz Kafka

"Ah! como se aprende, quando é necessário; como se aprende, quando se busca uma saída! Aprende-se como se à ponta de um chicote: à menor desobediência lá se vai uma chibatada! Minha natureza simiesca passou a afastar-se de mim a olhos vistos, tão depressa que meu primeiro treinador é que quase se transformou num macaco (...) Passei por uma sucessão de TREINADORES (o grifo é meu) (...). Ah, o progresso é isso! Essa penetração do saber, cujos raios vêm de todos os lados para iluminar o cérebro que desperta! Não há porque não admiti-lo: eu estava deslumbrado! Mas, confesso-o também, de modo algum eu o superestimava àquela época, e muito menos agora! Foi graças a um esforço que não encontra até hoje seu equivalente na Terra que eu adquiri a cultura média de um europeu. Isso talvez não seja dizer muito, mas era progresso no sentido em que me libertou da jaula e me proporcionou esta saída humana. Todos conheceis, sem dúvida, a expressão coloquial "Sair da rotina"; pois foi exatamente o que eu fiz: saí da rotina. Não tinha escolha, pois, como já vos declarei, não era a liberdade pela liberdade que eu buscava (...)
Kafka, Franz. Comunicação a uma academia.

Máscara - Pedro, o Vermelho - com Juliana GaldinoPensamento salvador: "Se os homens tratam os macacos deste modo, deixarei de ser macaco".
Alienação, massificação, condicionamento, adestramento, aculturação, colonialismo, globalização.
Por que ser diferente, se posso ser igual. Por que não apertar mãos? Não fumar cachimbos? Não beber aguardente? Não falar? Não pensar?
"O que perco: a liberdade da minha essência
O que ganho: a possibilidade de cometer erros, pq. afinal errar é humano".

Mas!!! que liberdade de essência é esta ??? Tá estranho tudo isso, muito estranha esta postagem, muito confusa estas colocações ... Uma parte minha não entendeu ...

Kafka, autor de Metamorfose, O processo, O castelo, Um artista da fome, entre outros.

Li, O castelo de Franz Kafka, em poucos dias, mas é como se nunca tivesse saido do início do romance. Aldeia e castelo, o real e o sobrenatural, o consciente e o inconsciente, as sombras do bem e as sombras do mal, tudo se misturava e me confundia. Paralisada, espantada, angustiada, tentava avançar, entender, queria explicar .... até que percebi num movimento paralisante , que tentar explicar o castelo é tentar explicar o inexplicável, o estonteante.

7 de jun. de 2009

Amando o amor ou relatividade

Estou sem tempo para criar e escrivinhar no meu blog coisas que a Jorce inventa e a Nita acrescenta, então copio daqui e colo dali, coisas dos outros, para não deixar de atualizar aqui!

Copiei de um blog esta imagem:

Copiei de uma revista, esta passagem de Ernesto Cardenal, poeta e monge nicaraguense:

Amando o amor - Ernesto Cardenal

"Quando eu te perdi, tu e eu perdemos.
Eu, por que era tu quem eu mais amava;
E tu, por que era eu quem te amava mais.
Mas de nós dois, quem mais perdeu foi tu,
Porque eu poderei amar a outras como amava a ti,
Mas a ti, jamais poderão te amar como te amava eu."