15 de mai. de 2008

Reflexões de uma das partes

Vou contar-vos uma estorinha....Era uma vez dois cachorrinhos que brincavam, se aninhavam, acarinhavam, se amavam...até que colocaram um único osso para eles. Era outra vez dois homens que conversavam, se abraçavam, se regozijavam, se amavam...colocaram então Helena entre eles....
Epicteto afirmava: não podemos chamar a ninguém de amigos, até não ter visto, aonde eles colocam seu interesse. ""Não examine se os amigos são filhos dos mesmos pais, se foram criados pelas mesmas pessoas ou pelo mesmo pedagogo, mas somente isso: onde eles colocam seu interesse, se nas coisas exteriores (dinheiro, saúde, etc), coisas que não dependem de nós ou no que depende de nós. Se nas coisas exteriores, não os chames de amigos, nem fiéis, nem firmes e corajosos ou livres, nem ainda homens."

Marco Aurélio dizia: "(...) Dentre as verdades que convém ter sempre em mente, eis estas duas: primeiro, que as coisas exteriores nunca podem tocar tua alma, pois a perturbação provém apenas de dentro; segundo, que tudo o que é visível muda num segundo e já não existe mais (...)."
E Nietzsche pela boca de Zaratustra e de um mancebo se pronunciou: "Eu transformo-me depressa demais: o meu hoje contradiz o meu ontem."
Alguns anos depois Ernesto Sábato falou: "(...) Agora imagine o que é a realidade dos seres humanos, com suas implicações e rodeios, contradições e demais cambiantes. Pois muda a todo instante que passa, e o que éramos há um momento não o somos mais. Somos por acaso, a mesma pessoa? Temos, por acaso, os mesmos sentimentos?"
Hoje Eu falo:
"(...)O homem é um mistério entre um ser e um não ser, entre um criar e um estar, entre uma palavra e um silêncio, entre o espírito e a carne, entre a razão e a emoção. Está sempre incompleto, está sempre querendo signifcados significantes, está sempre há procura de alguma coisa, de um acontecer, caminha rumo ao infinito, esquecendo às vezes que ele é um meio e não um fim. Que não é completo, mas incompleto, que não é exterior, mas interior, que não é Eu, mas Sou. Que é essência, existência, experiência, presença(...)."

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