3 de mar. de 2009

O mal de Bartleby

Sócrates nunca escreveu
Juan Rulfo, só dois livros publicou
Robert Walser se internou

Pepín Bello, por excesso de modéstia nada nos deixou
J. D. Salinger, optou pela reclusão
Alguns se entregaram a bebedeira
Gógol jogou "Almas mortas" na lareira

Raduan Nassar parou de ler e foi plantar
J. Ramón Jimenez passou dois anos sem escrever uma palavra


Escritores que pararam de escrever
por poucos ou muitos anos
Bar t l e bi anos

Quem nunca escreveu inúmeros riscos e rabiscos e depois inopinadamente arrancou a folha, amassou a folha, fez uma bolinha com a folha e jogou a folha?

Quantas vezes nossa consciência nos espreita diante das incoerências que pensamos e teimosamente transportamos para o papel, fingindo estar escrevendo alguma coisa, com sal, com luz, com sabor, De valor!
Felizmente muitas vezes se renuncia à escrita diante do anúncio de uma nova visão, idéia, ou até mesmo do nada. Quantas vezes o silêncio não seria a melhor palavra, ou a melhor resposta para tanta babozeira que escrevemos???
Fabrício Carpinejar diz que às vezes mais se escreve quando não se escreve.

E porque eu escrevo?
Oras, escrevo porque abandonei o paraíso
foi por um triz
e penetrei no fundo do poço
atrás da matriz (x)

E se fico sem escrever ... é porque ....argh!! humpf.... CAI ANETEEE!!!!!!!
Fonte da minha inspiração : "A síndrome das bolinhas de papel amassado". por Fábio Calvetti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário