24 de out. de 2008

Malabarista

É madrugada, quase alvorecer...não fosse a chuva que cai insistentemente, talvez eu pudesse ver o sol nascer. Mas com certeza, esta longa dor no peito, será leve quando o dia raiar e a chuva no tempo tristemente a levar. Que a longa dor seja de um curto sentir, e que o meu aprender seja de um longo viver. Quero aprender, quero conhecer, quero viver. São cinco da madrugada, acordei para tentar dissecar minha alma! E no dia a dia de auto conhecer, vou aprendendo a sentir e aprendendo a morrer. -*- Vivo de Morrer -?- (vivemos de morrer).

Malabarista

Certezas abraçadas em dúvidas
Sentimentos divididos em trocentas partes
Pedaços de sonhos

Ilusões e ótica
Desejos desencontrados despencando ali e aqui
Um monte de informações provisórias disfarçadas de verdades
Crenças
Intuições sem eira nem beira
Preguiças de tudo e de todos
Momentos de prazer
Solidões e angústias
Culpas e tédios
Costumes em penca
Vontades de aprender a vida
Vontades de partir pro tapa
Vontades de ser feliz
Vontades de morrer

Tudo isso jogado no ar
Essa voadora lista
Flutua sólida e instável
No coração do malabarista

Ricardo Azevedo


"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto." João 12:24

"Combater e morrer, é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil." William Shakespeare

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