6 de fev. de 2009

Na serra do azeite

Falamos tanta besteira, rimos até doer o maxilar, das rimas que fazíamos enquanto estávamos a viajar.

Curva e caminhão
De dia atenção
De noite tensão


Juntamos palavras do asfalto, esfolando as palavras lentamente, para fazer juz às nossas inteções de rimar e rir novamente, ex.:

- Olha! o Miro saiu da mira.
- Ei, mirou o Miro?
- Viram o Miro?

Tudo era motivo de risadas, gargalhadas, engraçado agora não sinto graça.
Em Registro Registramos que estávamos em Registro e na ânsia por chegar, cheias felicidade, confundimos o clarear do dia com as luzes da cidade.

Numa dessas, a Iná, se concentrou e na escuridão da boléia, plasmou, a uns 80% por hora, a velocidade do pensamento não ouso imaginar. Acendi a luz e lá estava escrito o comentário que eu fizera da placa e da árvore e o comentário do sábio que sabia a engenharia da estrada ...

Sabedoria que dirige
Discute com a lei da estrada
mesmo a curva que a placa disse
Ele sabe, é disfarçada!

A árvore avisa o motorista
onde ele pode correr
sua amiga e da rodovia
é sinal verde, que não pode morrer.

Tudo não passou de uma rápida sucessão de fatos e momentos vividos, que serão guardados por dias, meses, em minha memória, talvez anos e quem sabe por toda a minha vida.

Um comentário:

  1. os versos foram bons no momento em que foram bons, assim como a graça que agora some,mas lá no fundo, ainda faz a alma rir...do Miro que "sumiro"com ele.

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